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Arte Notes.

Anotações artísticas, Ambiente & Direitos Humanos por Ana Branco.

Arte Notes.

Anotações artísticas, Ambiente & Direitos Humanos por Ana Branco.

“Alimentos”

30.06.22

 

Hoje é Dia Mundial das Redes Sociais. Poderia ser o dia do poder dos “feeds”, influenciadores de estados de espírito. E não só. "O que vês, alimenta o que sentes”. Dizia-me. O movimento não é uma decisão do espírito, é sequência natural da visão. Não há visão sem pensamento. Há um espaço livre entre o estímulo e a resposta. O espaço de escolher.

 

Rousseau

28.06.22

Wikipédia

«Um homem que, aos vinte e cinco anos, não sabe nada e deseja aprender tudo, está fadado a fazer o melhor uso do seu tempo. Não sabendo em que ponto o destino ou a morte poderiam deter o meu zelo, desejei, em todo caso, para ter uma ideia de tudo, para descobrir a inclinação especial das minhas habilidades naturais, e também para julgar por mim mesmo o que era digno de cultivo.»

 

Todos os temas rousseaunianos clássicos intervêm nas “Confissões”: a progressiva desnaturalização e a perda da inocência original; a impossibilidade da transparência nas relações humanas civilizadas e a inevitabilidade da injustiça; os perigos da imaginação descontrolada e da imitação que levam à alienação do “eu” pela fixação nas opiniões de outros.

As ideias de Rousseau influenciaram quase todos os principais desenvolvimentos políticos dos últimos duzentos anos e são cruciais para a compreensão de fenómenos tão diversos quanto a Revolução Francesa, a teoria educacional moderna e o movimento ambientalista contemporâneo. Esta é razão suficiente para chamar a atenção para a sua autobiografia surpreendentemente viva. Mas as “Confissões” também estão entre os maiores auto-retratos da literatura mundial – o que sugere, ainda mais do que o impacto do pensamento de Rousseau, até que ponto a opinião muito elevada que ele tinha de si mesmo acabou por se justificar.

 

Pedro e os Lobos com novo single "Foguetão"

27.06.22

 

Pedro e os Lobos estão de volta com o novo single “Foguetão”: um tema que evoca as longas tardes passadas na praia, durante as férias, onde o tempo era quase infinito e dava lugar a muitos sonhos e inspiração de forma espontânea e natural.

 

Pedro e os Lobos «Foguetão» Digital Single Cover

 

O novo single, com letra de Nelson Correia (guitarra acústica e voz), retrata memórias e momentos especiais: "Recordo-me de passar horas a olhar o céu, deitado na areia à espera do meu "foguetão de papel" que me levaria para qualquer lado que eu quisesse ir”.

 

 

Pedro e os Lobos é a banda de Pedro Galhoz, Nelson Correia e Rui Freire. No tema “Foguetão” contam também com Carl Minnemann no baixo. A banda que conta já com uma década de carreira apresenta influências que vão do indie folk ao folk rock mais psicadélico, cantado em português.

 

Orwell

25.06.22

wikipédia

Foi com textos de não ficção que construiu a sua carreira de jornalista e escritor. Nascido a 25 de Junho de 1903, George Orwell foi um dos autores de língua inglesa mais aclamados do século XX.

«Orwell combateu as formas dominantes da mentira política contemporânea: a propaganda, da qual nunca nos libertámos, e a novilíngua, a que hoje sucumbimos. Por isso, o maior dos seus ensaios talvez seja “A Política e a Língua Inglesa” (1946). A intuição de que a decadência da linguagem e a decadência da política estão ligadas uma à outra é fácil de acompanhar; difícil era demonstrar, exemplificando, o que estava errado na política daquele tempo, em particular a política da esquerda daquele tempo, trazendo à luz as frases feitas, a sintaxe tortuosa, as metáforas mortas, os eufemismos desonestos. Consciente de que a maleabilidade da língua inglesa a predispõe para o sofisticado e o quotidiano, para a poesia e as manchetes de jornal, Orwell defendeu uma linguagem, quer dizer, uma política, de concisão e clareza, de palavras concretas e comuns. Ao contrário do que diziam os detractores, ele não “fazia o jogo” do inimigo: a linguagem de alguns amigos é que era o seu inimigo.»

Do Prefácio de Pedro Mexia no livro “Os Ensaios - George Orwell”

 

Dia Nacional da Pessoa Cigana

24.06.22

Hoje, 24 de Junho, celebra-se o Dia Nacional da Pessoa Cigana. Neste dia, em que comunidade cigana portuguesa celebra as suas tradições, é importante recordar que a maior minoria étnica da Europa continua a ser afectada por preconceito, intolerância e discriminação em várias esferas da vida em sociedade.

 

Michael Lauren Trio com novo vídeo “Bonfim Blues”

21.06.22

 

«Bonfim Blues»

Segundo Michael Lauren «Bonfim é uma maravilhosa freguesia do Porto. É o bairro onde vivi durante 15 anos quando me mudei para Portugal para leccionar a convite da "Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE)". Bonfim é uma ótima freguesia e serviu-me como inspiração para compor este oscilante e alegre blues.»

“Bonfim Blues”, para ver e ouvir.

Protest & Survive com novo vídeo "Põe-te a Prumo" feat.NTS

21.06.22

 

Protest & Survive «Põe-te a Prumo» feat.NTS

NTS junta-se a Protest & Survive em “Põe-te a Prumo”, um tema que funde o Hip-hop com o Rock. O videoclip estreou no domingo (19 Junho), já depois do projecto ter editado o single no passado dia 20 de Maio.

 

 

Recordamos que “Põe-te a Prumo” é o primeiro single a ser revelado do próximo EP “Dead or Alive” e que será o sucessor do álbum “Braço de Ferro” (2019).

Os Protest & Survive são Fábio Alves, Daniel Carvalho, Marcelo Aires e João Pony. Ao longo dos últimos anos esta banda que se baseia no rap/rock, com declaradas influências de Rage Against The Machine, Body Count, Primitive Reason, Da Weasel e DMX, entre outros, foi conquistando o público com os seus explosivos concertos ao vivo.

 

Dia Europeu da Música

21.06.22

 

Assinalado a 21 de Junho, para coincidir com o Solstício de Verão, o Dia Europeu da Música celebrou-se pela primeira vez em 1982 na França, por iniciativa do ministro francês da cultura Jack Lang.

Num dia consagrado à música de todos os géneros, é importante reflectir no papel que desempenha na liberdade de pensamento, na crítica social e na intervenção de causas públicas.

A título de exemplo, uma das músicas europeias de maior sucesso que causou uma enorme polémica. Escrita em 1967 por Serge Gainsbourg e Jean Guidon, e gravada novamente em 1969 com Jane Birkin, “Je t'aime... moi non plus” foi banida das rádios de Espanha, Brasil, Islândia, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido, Suécia e Jugoslávia, sendo denunciada publicamente pelo Vaticano. O motivo, parece fácil de adivinhar. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades?

Machado de Assis

21.06.22

 

wikipedia

Considerado um dos maiores nomes da literatura em língua portuguesa, Machado de Assis nasceu a 21 de Junho de 1839, no Rio de Janeiro, Brasil.

«Talvez espante ao leitor a franqueza com que lhe exponho e realço a minha mediocridade; advirta que a franqueza é a primeira virtude de um defunto. Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à consciência; e o melhor da obrigação é quando, à força de embaçar os outros, embaça-se um homem a si mesmo, porque em tal caso poupa-se o vexame, que é uma sensação penosa, e a hipocrisia, que é um vício hediondo. Mas, na morte, que diferença! Que desabafo! Que liberdade! Como a gente pode sacudir fora a capa, deitar ao fosso as lentejoulas, despregar-se, despintar-se, desafeitar-se, confessar lisamente o que foi e o que deixou de ser! Porque, em suma, já não há vizinhos, nem amigos, nem inimigos, nem conhecidos, nem estranhos; não há plateia. O olhar da opinião, esse olhar agudo e judicial, perde a virtude, logo que pisamos o território da morte; não digo que ele se não estenda para cá, e nos não examine e julgue; mas a nós é que não se nos dá do exame nem do julgamento. Senhores vivos, não há nada tão incomensurável como o desdém dos finados.»

in "Memórias Póstumas de Brás Cubas"

 

Com uma obra imensa, que inclui mais de dez romances, duzentos contos, dez peças teatrais, cinco coletâneas de poemas e sonetos e mais de seiscentas crónicas, abrangendo quase todos os géneros literários, foi em 1881 que publicou o livro que daria uma nova direção à sua carreira literária, “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, considerado o introdutor do Realismo no Brasil. Uma obra de grande originalidade, em que um defunto narra a sua história do fim para o princípio. A dedicatória "ao verme que primeiro roeu estas frias carnes do meu cadáver", prima pela ironia e anuncia um romance num estilo desconcertante.

 

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