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Arte Notes.

Anotações artísticas, Ambiente & Direitos Humanos por Ana Branco.

Arte Notes.

Anotações artísticas, Ambiente & Direitos Humanos por Ana Branco.

"Barranco de Cegos"

29.12.22

 

Livro

 

«Acuso-me de ter rompido, com muitos outros, os nevoeiros premeditados, os abismos reais e os abismos ilusórios, que são ainda mais perigosos, as cadeias, as ameaças e os sortilégios do cercado em que conviria permanecermos por mais uns séculos, para glória e proveito dos nossos amos, que dispuseram de poderes suficientes para mandarem decapitar todos os seus servos, sem qualquer coima ou embargo, e não o ordenaram pelo simples facto de não poderem passar sem eles.»

 

“Breve nota de culpa” que antecede o romance "Barranco de Cegos" de Alves Redol, nascido a 29 de Dezembro de 1911.

 

Nanook O Vagabundo com novo single "Onde Foi que te perdi"

28.12.22

 

«Inquietude» de Nanook o vagabundo

Encontra-se já disponível em todas as plataformas digitais o novo single de Nanook o vagabundo"Onde foi que te perdi".

 

Neste tema a voz de Nanook leva-nos para uma letra introspectiva invocando a perda que nos leva acima de tudo à esperança. Conta com a participação de vários músicos convidados, incluindo nomes como Poliana Magalhães (Adam Lambert), Augusto Macedo (Selma Uamusse), Vitor Bacalhau ou Carolina Fonson.

"Onde foi que te perdi" é mais um single que integrará "Inquietude", o próximo longa duração do cantautor, e é acompanhado por um vídeo que nos transporta ao início dos saudosos anos 80,  tendo como realizador Eduardo Raposo.

... pretérito mais-que-perfeito do indicativo presente...

25.12.22

Imagem

 

Pudera eu,
descer as escadas do tempo e à inocência voltar.

Pudera eu,
na madrugada de um qualquer Natal,
ansiosa da cama saltar,
correr para a lareira,
e o presente sonhado encontrar.

Pudera eu,
voltar a acreditar que tudo é possível…
até um menino Jesus pela chaminé entrar.

Não posso regressar. Posso sonhar.
Seja o Natal a música que em tua alma soar.

 

Solstício

21.12.22

Inverno

 

Do silêncio nasce o som, da luz a escuridão.

Do dia a noite, do princípio o fim.

Não.

Sim.

O dia é curto e a noite longa.

Solstício..

do Inverno que sucede ao de Verão.

 

Projeto luso-brasileiro Orfélia apresenta ao vivo o seu disco de estreia na cidade do Porto

15.12.22

 

Orfelia

 

O projeto luso-brasileiro formado por Antera e Filipe Mattos, vai atuar pela primeira vez na cidade do Porto: os Orfélia vão apresentar o disco de estreia “Tudo o que Move” no dia 6 de Janeiro, no Maus Hábitos, às 21h30.
 

O disco de estreia mistura ritmos tradicionais com o mistério envolvente do psicadelismo. Filha do tropicalismo, expõe e celebra a música multicultural entre dois povos irmãos. O título “Tudo que Move” é inspirado na alma da música de Gilberto Gil “Aqui e Agora”, que marca um momento da vida dos artistas de muita transformação, revelador da força do espírito.

Antera, natural de Lagos (Algarve), estudou piano clássico e canto e formou-se em Artes Performativas; Filipe estudou guitarra em Conservatórios de música e é natural de Florianópolis, uma cidade no sul do Brasil com uma forte influência portuguesa. Conheceram-se num palco em Berlim e a partir desse encontro nasceu “Orfélia”. As suas influências musicais vão desde Chico Buarque, Jacques Brel, The Beatles, até Amália Rodrigues, Caetano Veloso, entre outros mestres intemporais.
 
No dia 6 de Janeiro os Orfélia vão apresentar-se com banda completa que conta com Antera na voz e sintetizadores, Filipe Mattos na guitarra, André Morais no baixo, Sebastião Bergmann na bateria, Lana Gasparotti nas teclas e Zé Cruz na percussão. 

 

Museu do Oriente comemora 200 anos da primeira Constituição Portuguesa

15.12.22

 

Retrato de João Domingos Bomtempo (1814) - Henrique José da Silva (Museu Nacional da Música) Easy Resize.com

Retrato de João Domingos Bomtempo (1814)

Henrique José da Silva (Museu Nacional da Música)

Easy Resize.com

Para assinalar o bicentenário da aprovação da primeira Constituição Portuguesa, o Museu do Oriente organiza no dia 20 de Dezembro, às 19h30, um concerto de homenagem a esta data com compositores de alguma forma ligados à democracia portuguesa e ao Conservatório de Música (actual Escola Artística de Música do Conservatório Nacional).

 

O concerto que é protagonizado por um quinteto de cordas com piano composto por João Paulo Santos [piano], Irene Lima [violoncelo], Isabel Pereira [viola], Pedro Meireles e António Figueiredo [violinos] vai recordar três grandes compositores: Alfredo Keil (1850-1907), Augusto Machado (1845-1924) e João Domingos Bomtempo (1775-1842).

Abre com a obra Romance, para violino, violoncelo e piano, recordando o multifacetado artista e compositor Alfredo Keil que, entre diversas outras sinfonias, compôs A Portuguesa, em 1890, que viria a ser consagrada como hino nacional a partir de 1911, um ano depois da implementação da República.

Prossegue de seguida com a obra Bolero e Andante, para violoncelo e piano do compositor Augusto Machado, terceiro director do Conservatório de Música. Termina com a sinfonia Quinteto em mi bemol, op. 16 para dois violinos, viola, violoncelo e piano, da autoria do compositor, pianista e pedagogo Domingos Bomtempo, personalidade bastante presente nas agitadas décadas de 1820 e 1830, diretamente ligada à criação do Conservatório de Música e seu primeiro director.

Foi no final de 1822 que foi aprovada a primeira Constituição Portuguesa, o mais antigo texto constitucional português, que representa, ainda hoje, um marco fundamental para a história da democracia no país. No Museu do Oriente, neste final de ano de 2022, a música, a cultura e a história unem-se num concerto único e comemorativo dos 200 anos desta Constituição.

 

Programa

1. Alfredo Keil

Romance para violino, violoncelo e piano

2. Augusto Machado

Bolero e Andante para violoncelo e piano

3. João Domingos Bomtempo

Quinteto em mi bemol, op. 16 para dois violinos, viola, violoncelo e piano

Allegro moderato

Scherzo primo – Scherzo secondo

Larghetto

Rondo- Allegro


Duração: 75’ sem intervalo

M/ 6 anos

Preço: 15 €

 

Ruca Rebordão lança “Minha Terra”

12.12.22

 

Ruca Rebordão «Minha Terra» feat. Luiz Caracol

 

Ruca Rebordão lança “Minha Terra”, terceiro single do disco “Mestiço Atlântico” (que estará disponível no mercado digital no início de 2023).

 

Com letra de José Fialho Gouveia, este single conta com a participação especial de Luiz Caracol - composição da música, voz e guitarras. A produção do tema e do disco é de Ciro Bertini, que também participa como músico convidado em diferentes temas e composições em parceria com Ruca Rebordão.

Para Ruca Rebordão, “Minha Terra” descreve a forma de estar e viver num lugar ideal, livre igualitário, justo. Um texto sempre atual, um sonho que guia a construção deste album.

Captain Boy apresenta o vídeo "Dissolver"

12.12.22

 

Captain Boy © Giliano Boucinha

Captain Boy © Giliano Boucinha

Captain Boy está a lançar o terceiro single e vídeo do álbum “Domingos Lentos”: o tema que já toca nas rádios, “Dissolver”.

 

O músico de Guimarães apresenta o terceiro vídeo de uma trilogia que começou com “Só Se Estraga uma Casa”: um atrasar do luto de uma relação terminada que deu origem a uma trilogia em vídeo de negação e raiva, depressão e aceitação. Tudo se encaixa agora. Vemos nos videoclipes, um assassino que mata Captain Boy (“Só se Estraga uma Casa”). Não aguenta com a culpa e apaga-a com a auto-destruição (“Domingos Lentos”) e no final é submetido, à força, a lidar com a dor. Regressa então às águas de quem o faz sentir maior e por fim, resolve-se (“Dissolver”). O novo vídeo foi realizado por Giliano Boucinha e pelo próprio Captain Boy.

 

 

O álbum "Domingos Lentos" foi totalmente escrito em português, inspirado por autores como Bukowski e Hermann Hesse e fala sobre autodestruição, perda e descoberta. Foi gravado num moinho em Torres Vedras, conta com a produção de Giliano Boucinha e Pedro Sousa Moreira e foi masterizado por Timothy Stollenwerk (Morphine, Kevin Morby, Chromatics).
 
“they say that hell is crowded, yet,
when you’re in hell,
you always seem to be alone.
& you can’t tell anyone when you’re in hell
or they’ll think you’re crazy
& being crazy is being in hell
& being sane is hellish too.“

Charles Bukowski in "Lost"

 

Contratendência

10.12.22

Ammaia

 

A realidade flutua entre ciência e consciência, conhecimento e crença, ter e ser. Consciente ou inconscientemente, o controlo constante do próprio destino reduz as áreas de liberdade disponíveis.

As descobertas tecnológicas, que se sucedem a ritmo acelerado, o aumento contínuo do conhecimento e o vasto alcance das comunicações, tendem a criar uniformidade e padronização em forma de pensamento, valores, imagens e acções comuns.

Ao lado, caminha o ser ainda não subjugado, num esforço para se afirmar. Insiste no respeito à individualidade, tanto dos indivíduos quanto dos grupos. A liberdade que reclama para si, reivindica-a para todos.

Em si, prevalece a memória de uma corrente antiga, mas benéfica: a luta da raça humana contra a extinção.

 

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