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Arte Notes.

Anotações artísticas, Ambiente & Direitos Humanos por Ana Branco.

Arte Notes.

Anotações artísticas, Ambiente & Direitos Humanos por Ana Branco.

"Discurso do Método"

31.03.23

Livro

 

Nascido 31 de Março de 1596, René Descartes, o primeiro racionalista moderno, defendia que o conhecimento é inato ao ser humano e propôs um método dedutivo como ponto inicial de qualquer conhecimento que se pretenda verdadeiro, claro e distinto.

 

«(...) O bom senso é a coisa que, no mundo, está mais bem distribuída: de facto, cada um pensa estar tão bem provido dele, que até mesmo aqueles que são os mais difíceis de contentar em todas as outras coisas não têm de forma nenhuma o costume de desejarem [ter] mais do que o que têm. E nisto, não é verossímil que todos se enganem; mas antes, isso testemunha que o poder de bem julgar, e de distinguir o verdadeiro do falso que é aquilo a que se chama o bom senso ou a razão, é naturalmente igual em todos os homens; da mesma forma que a diversidade das nossas opiniões não provém do facto de uns serem mais razoáveis do que outros, mas unicamente do facto de nós conduzirmos os nossos pensamentos por vias diversas, e de não considerarmos as mesmas coisas.(...)»

 

"Saudades da minha aldeia" é novo single de Ruben Portinha com Ana Lains

31.03.23

 

«Saudades da minha aldeia»

 

Como avanço do seu novo trabalho, Ruben Portinha lança um primeiro tema em homenagem ao seu pai, José Campos Portinha, poeta popular, em dueto com a cantora Ana Lains.

 

"Saudades da minha aldeia" faz parte de uma coleção de 14 canções que compõem o próximo registo do músico, todas compostas por Ruben e com poemas de seu pai, cada uma interpretada por um conhecido artista do panorama nacional.

"Esta música foi o começo de tudo, o rastilho que originou a ideia de fazer um álbum inteiro. Na verdade, para além do poema, também foi o meu pai quem criou a base melódica, eu limitei-me a aprimorá-la."

Explica o autor.

O poema resume o êxodo rural e a nostalgia que se tem ao estar longe da terra que nos viu nascer, tão típico na geração do poeta José Portinha e é uma das temáticas mais recorrentes na sua obra. Uma canção genuína e despretensiosa.

Para canta-la, Ruben pensou imediatamente em Ana Lains:

"Convidar a Ana foi algo intuitivo, porque a voz dela surgiu logo no meu inconsciente quando comecei a construir a canção. É uma artista incrível, alguém que admiro muito e cujo trabalho merece todo o reconhecimento."

Por sua vez, Ana Lains aceitou imediatamente o convite:

"Poderia ter aceitado exclusivamente pelo carinho e respeito que tenho pelo Ruben enquanto colega que vive diariamente as mesmas lutas que eu. Mas quando me falou do projeto e das suas intenções ao homenagear o seu pai de uma forma tão terna e cheia de amor, eu senti uma empatia imediata."

Produzido pelo músico José Manuel David e coproduzido pelo próprio Ruben Portinha, que para além de lhe dar voz, ficou ainda encarregue de tocar cajón, baixo e guitarra acústica. Carlos Lopes no acordeão e Fernando Silva na guitarra portuguesa, complementam os arranjos com a qualidade e a mestria que os caraterizam.

O vídeo do tema foi realizado por Rita Féria e para além da performance mostra a exacta aldeia de que nos fala o tema: Santo Estêvão (ou Forca como é conhecida pelos habitantes locais). Onde de resto podemos ver, em cada rua por que passamos, uma quadra alusiva à mesma, da autoria de José Portinha, pai de Ruben.

"Saudades da minha aldeia" é um tema de raiz bem portuguesa que vai com certeza encantar.

 

Marisa Liz edita hoje o álbum “Girassóis e Tempestades”

31.03.23

 

«Girassóis e Tempestades»

 

Depois de um trajeto repleto de sucessos com os Amor Electro ou Donna Maria, Marisa Liz lança-se pela primeira vez a solo. Em “Girassóis e Tempestades”, o seu primeiro álbum, dividiu o papel de produtora com o prestigiado artista, produtor e músico Moullinex.


Como o próprio título indica, “Girassóis e Tempestades” é um disco de ambivalências. Marisa Liz sempre se sentiu inquieta, entre girassóis e tempestades e entre tempestades e girassóis.

Marisa Liz trabalhou, na composição, com o incontornável António Variações, no tema inédito “Guerra Nuclear”, trazendo a sonoridade de António Variações para a atualidade numa canção que assume, hoje, uma enorme relevância.

 

De salientar outros autores que trabalharam com Marisa Liz em “Girassóis e Tempestades”, nomeadamente o Chico César, autor do tema “Silêncio”, Tatanka (The Black Mamba), que escreveu a canção “Virar a Cara”, Valter Rolo com a composição de “Afinal”, Edu Mundo, que assina o tema que abre o disco “A Outra” e, Contigo”, registada por Joana Espadinha e Diogo Branco.

Depois do êxito de “Guerra Nuclear” seguiram-me mais dois singles de apresentação: “Olha Lá”, uma canção energética de electro-pop, assinada por Marisa Liz e Joana Espadinha, e “Foi Assim Que Aconteceu”, um tema belíssimo escrito por Marisa Liz.

Recusar. Reduzir. Reutilizar. Redesenhar. Reciclar

30.03.23

 

O Dia Internacional de Desperdício Zero visa promover padrões sustentáveis de consumo e produção, apoiar a mudança social em direção à circularidade e aumentar a consciencialização sobre como as iniciativas de desperdício zero contribuem para o avanço da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

O sector de resíduos contribui significativamente para a tripla crise planetária de mudança climática, biodiversidade e perda da natureza e poluição. A humanidade gera cerca de 2,24 biliões de toneladas de resíduos sólidos municipais anualmente, dos quais apenas 55% são gerenciados em instalações controladas. Todos os anos, cerca de 931 milhões de toneladas de alimentos são perdidos ou desperdiçados e até 14 milhões de toneladas de resíduos plásticos entram nos ecossistemas aquáticos.

As iniciativas de desperdício zero podem promover uma gestão sólida de resíduos e minimizar e prevenir o desperdício, ajudando a enfrentar a tripla crise planetária, proteger o meio ambiente, aumentar a segurança alimentar e melhorar a saúde e o bem-estar humanos.

Uma abordagem de desperdício zero envolve produção, consumo e descarte responsáveis de produtos num sistema circular fechado. Isso significa que os recursos são reutilizados ou recuperados tanto quanto possível e que minimizamos a poluição do ar, da terra ou da água.


Atingir o desperdício zero requer ação em todos os níveis

Os produtos devem ser projetados para serem duráveis e exigir menos materiais de baixo impacto. Ao optar por métodos de produção e transporte menos intensivos em recursos, os fabricantes podem limitar ainda mais a poluição e o desperdício. A publicidade e o gerenciamento de perto da demanda podem permitir ainda mais o desperdício zero ao longo dos ciclos de vida dos produtos.

Os consumidores também podem desempenhar um papel fundamental ao possibilitar o desperdício zero, mudando hábitos e reutilizando e consertando os produtos o máximo possível antes de descartá-los adequadamente.

Com governos, comunidades, indústrias e outras partes interessadas reconhecendo cada vez mais o potencial de iniciativas de desperdício zero, reforçando a gestão de resíduos e melhorando os sistemas de recuperação por meio de finanças e formulação de políticas. A Estratégia Global para Consumo e Produção Sustentáveis pode orientar essa transição. Estabelecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas, Estados Membros e partes interessadas, a estratégia apela à adoção de objetivos sustentáveis de consumo e produção em todos os sectores até 2030.

«De Ouvido e Coração» de Amílcar Vasques-Dias e Luís Pacheco Cunha com edição a 31 de Março

30.03.23

 

«De Ouvido e Coração»

 

De ouvido e coração é um projeto musical da autoria do compositor e pianista Amílcar Vasques-Dias em parceria com Luís Pacheco Cunha, que recria e reinventa a obra de José Afonso, movendo-se num universo entre a música erudita, o jazz e o flamenco, mas permanecendo fiel à sua matriz original.

 

Amílcar Vasques-Dias conheceu e acompanhou José Afonso em 1978, na Holanda, tendo vindo, desde então, a dedicar-se ao estudo e recriação da sua música, o que se veio a concretizar no projecto De ouvido e coração, criado em parceria com o violinista Luís Pacheco Cunha, para o qual tem contado com as colaborações da cantora espanhola Esther Merino, e dos cantores líricos Carlos Guilherme e Natasa Sibalic, em concertos em Portugal, Espanha e Holanda.

Para os que ainda não tiveram a oportunidade de assistir ao vivo a estes espetáculos, e para todos os que gostariam de os reviver, De ouvido e coração será editado a 31 de Março de 2023, em CD e em versão digital, incluindo interpretações de doze temas de José Afonso, como sejam os emblemáticos Que amor não me engana”, “Venham mais cinco”, “Vejam bem”, “Traz outro amigo também”, “Cantigas do Maio”, ou “Eu fui ver a minha amada”, e outras composições, tais como “A mulher da erva”, “Balada do Outono” ou “Cantar Alentejano (Catarina Eufémia)”.

Além dos artistas referidos, este álbum conta ainda com a participação do cantor Ricardo Ribeiro.

Segundo as palavras de Rui Mota, da Associação José Afonso:

“Ver e ouvir De ouvido e coração hoje, continua a ser uma experiência única, porque irrepetível na sua riqueza harmónica e melódica, só ao alcance de intérpretes de excepção. A recriação da grande música de José Afonso conhece, desta forma, a dimensão que sempre lhe esteve subjacente, mas à qual não tínhamos tido, até agora, acesso”.

 

Amílcar Vasques-Dias nasceu em Badim, Monção. Estudou Composição e Piano nos Conservatórios de Música do Porto e de Braga. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e da Secretaria de Estado da Cultura para o Mestrado em Composição Instrumental e Electroacústica no Conservatório Real de Haia, na Holanda. Trabalhou com Karlheinz Stockhausen, na Holanda, com Iannis Xenakis, em França, e com Cândido Lima, em Portugal. Em 1989, conheceu Fernando Lopes-Graça, começando desde então a dar mais atenção à música tradicional portuguesa, notando-se a sua influência em algumas das suas obras. Na Holanda, desenvolveu actividade artística e pedagógica como compositor e pianista durante 14 anos.

Como compositor, a sua música tem sido tocada em Portugal e em outros países da Europa, da América e no Japão, especialmente em festivais de música contemporânea. Muitas destas obras estão gravadas em CD’s, tais como “Doze Nocturnos em Teu Nome”, pelo pianista Álvaro Teixeira Lopes; “Canções de Évora” pelo pianista João Vale e o soprano Cláudia Pereira Pinto; “Lume de Chão - tecido de memórias e afectos”, em “Viagens na Minha Terra”, pela pianista Joana Gama.

Como pianista, interpreta a sua própria música, tendo realizado concertos em Portugal, Espanha, Holanda, Alemanha, Bélgica, França, Rússia, Canadá e Estados Unidos da América.

Sobre libretos de Helena da Nóbrega escreveu as óperas “Soror Mariana Alcoforado” (2017), e “Geraldo e Samira – uma ópera para Évora” (2019).

Como pianista-compositor, realizou projectos de fusão do piano clássico com o jazz, tendo gravado o CD “Desnudo” com a cantora Joana Machado, e com a música tradicional, nomeadamente com o “cante alentejano”, e do qual resultou o CD “Em cante - música do Alentejo” e ainda com a música flamenca.

Desde o seu regresso da Holanda em 1988, foi professor nas Escolas Superiores de Música de Lisboa e do Porto, na Universidade de Aveiro e na Universidade de Évora. Foi mentor e director artístico do “Encontro do Alentejo de Música do séc. XX.I”, de 1998 a 2009.

 

"Contra Mim Falo"

30.03.23

 

Livro

 

imagino que sobre nós virá um céu
de espuma e que, de sol em sol,
uma nova língua nos fará dizer
o que a poeira da nossa boca adiada
soterrou já para lá da mão possível
onde cinzentos abandonamos a flor.

dizes: põe nos meus os teus dedos
e passemos os séculos sem rosto,
apaguemos das nossas casas o barulho
do tempo que ardeu sem luz.
Sim, cria comigo esse silêncio
que nos faz nus e em nós acende
o lume das árvores de fruto.

diz-me que há ainda versos por escrever,
que sobra no mundo um dizer ainda puro.

Um Mover de Mão.


in "Contra Mim Falo" de Vasco Gato, poeta português nascido a 30 de Março de 1978.

 

"Orchard in Blossom"

30.03.23

 

«Orchard in Blossom» 1882. Watercolor and ink on paper, 5.8 x 10.6 cm. Van Gogh Museum, Amsterdam

«Orchard in Blossom» 1882. Watercolor and ink on paper, 5.8 x 10.6 cm. Van Gogh Museum, Amsterdam.

"Envio um rascunho da primavera", escreveu Vincent van Gogh ao seu irmão Theo a 8 de Outubro de 1882, anexando este esboço de dois amantes num campo de árvores floridas. Na época, ele morava em Haia, onde os dias estavam a ficar mais curtos e o clima mais frio estava a chegar. Foi um esforço pintar "as estações" que inspiraram esse vislumbre sonhador de uma época anterior e mais verde do ano. O pintor holandês pós-impressionista, nasceu a 30 de Março de 1853.

 

"Heliópolis”

29.03.23

Livro

 

Originalmente publicado em 1949, "Heliópolis" é o primeiro grande romance escrito por Ernst Jünger - escritor e filósofo nascido a 29 de Março de 1895 -, após a Segunda Guerra Mundial. É uma distopia que, à luz dos últimos avanços tecnológicos e do regresso do populismo e da xenofobia, é extraordinariamente visionária. A obra desenvolve o conflito institucional entre o poder popular do escritório central, que representa um modo de vida totalmente regido pela técnica, e o palácio, que simboliza a tradição, a perfeição do ser através da disciplina e da cultura. Incapaz de aderir a nenhum dos lados, o personagem principal rebela-se contra o automatismo e busca o último bastião de resistência no atemporal.

 

«(…)Lucius pegou no pequeno instrumento (…). Como se estivesse a citar um texto de propaganda, mostrou a Budur Peri os quadrantes luminosos, com as suas figuras e os contactos: “(…) Transmite informações a qualquer momento sobre (…) condições climáticas e previsões meteorológicas. Cumpre as funções de documento de identidade (…). Indica a situação da conta financeira do titular […]. Calcula imediatamente o custo e vende bilhetes para qualquer viagem (…) está ligado a teatros, concertos, bolsas de valores, lotarias, assembleias, eleições e conferências e pode ser utilizado como jornal e agência de informação, como biblioteca e como dicionário. Garante a ligação com qualquer outro fonóforo ao redor do mundo.”

(…)

Dificilmente havia um adulto em toda a Heliópolis que não o tivesse. As caixas achatadas eram carregadas no bolso. (…) Nesse quadro, o fonóforo tornou-se o meio ideal para a democracia planetária, um instrumento que ligava cada um dos indivíduos de forma invisível. (…) Aperfeiçoados, desapareceram todas as dificuldades técnicas inerentes ao voto e à consulta popular. A vontade era conhecida, o voto das grandes massas, e a sua contagem fazia-se em fracções de segundo, quase com a velocidade do pensamento. (…) No entanto, desta forma, apenas algumas pessoas tinham o direito de fazer perguntas. Todos podiam ouvir e dar respostas, mas os tópicos em discussão eram determinados por um punhado de indivíduos. Assim, a igualdade passiva coexistia com enormes diferenças de função. As velhas ficções repetiram-se, ao estilo dos autómatos (…)»

 

Amélia Muge inaugura a exposição «Ver e Ouvir Amélias»

29.03.23

 

Amélia Muge na FNAC do Chiado

 

Amanhã, na FNAC do Chiado, em Lisboa, Amélia Muge inaugura a exposição «Ver e Ouvir Amélias», que apresenta as ilustrações da artista para o seu último trabalho e lança também a segunda edição deste "Amélias", editado em 2022 e que foi grandemente elogiado pela crítica nacional e internacional.

 

Neste evento, haverá uma conversa com o jornalista Nuno Pacheco e um pequeno momento musical com as três cantoras instrumentistas que têm acompanhado Amélia Muge em palco.

Como já tem sido habitual, os CDs de Amélia Muge nunca nos oferecem apenas música. Encarar o objeto CD como uma peça gráfica com um valor estético em si mesmo, fornecendo ainda informação complementar que extravasa em muito os habituais modelos de CD existentes no mercado, é uma característica e uma preocupação que sempre encontrou, num novo trabalho, uma forma de se ir desenvolvendo, em busca de novas soluções.


As suas ilustrações foram ocupando um espaço de comunicação cada vez mais relevante , originando, no seu último CD "Amélias", uma colecção de postais que são também o suporte gráfico das palavras de cada tema. Os traços, as cores, os motivos temáticos convivem e interagem com a pluralidade das vozes cantadas pela artista. É com parte deste material de base e com as opções gráficas e editoriais das designers Cristiana Serejo e Olinda Martins para a criação do CD que é feita esta Exposição, de que as mesmas designers são curadoras e que vai rodar por algumas FNACs do país.

A inauguração será feita com o lançamento de uma 2ª edição do CD, com uma diferente opção em termos visuais, embora a partir do mesmo projeto gráfico e editorial e com uma faixa bónus.

Este lançamento conta com a presença dos jornalistas Nuno Pacheco, bem como com a presença das 3 cantoras instrumentistas que acompanham Amélia Muge nos seus concertos de apresentação do "Amélias": Catarina Anacleto, Maria Ceia e Rita Maria, para um pequeno momento musical.


Sobre a Exposição

Ilustrações de Amélia Muge para o seu último trabalho discográfico: Amélias

Fornecer uma maior informação sobre o papel da ilustração na caracterização da personalidade artística de Amélia Muge foi a primeira motivação para a criação desta exposição. Os espaços FNAC, de oferta cultural variada, são um local ideal, devido também à proximidade natural com o público que por aqui circula.

A ilustração, no caso de Amélia Muge, para além de ser feita por ela própria na maioria das suas obras, nunca aparece como um mero adorno. A componente visual (não só para os CDs mas também para vídeos e elementos cénicos) sempre funcionou como fator fundamental de inspiração e ligação entre o ouvir e o ver.

Observar as suas ilustrações é também refletir sobre o lugar da canção como espaço de ligação ao mundo em geral e ao mundo artístico em particular. A imagem e o tipo de relações que estabelece quer com o CD no seu todo e os temas em particular, quer com auto-retratos com base em fotografias, é uma das características recorrentes do seu trabalho.

Outra característica é a referência a imaginários do património gráfico da cultura popular (presentes quer na olaria, como nos bordados, tecelagem ou instrumentos de trabalho) quer aos grafismos mais contemporâneos, derivados da própria escrita, tecnologia e outras linguagens pictóricas. Por fim, é de referir também a utilização de uma série de técnicas ligadas ao desenho, à pintura, à fotografia e à imagem digital.

Recusou, desde o seu primeiro CD "Múgica" os meios convencionais de promoção e sempre teve a preocupação de fugir aos clichés, aos estereótipos que foram mudando, consoante as épocas e os géneros musicais. Curiosamente foi havendo uma aproximação entre o seu tipo de abordagem musical, que sempre usou vários tipos de linguagem e o que foi encontrando como vocabulários de base para a construção das suas ilustrações.

A exposição também contribui para enriquecer a compreensão do que pode ser o papel da ilustração na fruição da obra. Muito particularmente neste caso, podemos “ouvir” nas imagens, as várias visões imaginárias das vozes amelianas.

O papel cada vez mais relevante da ilustração, sobretudo desde Taco-a-Taco e depois em A Monte, Não sou daqui, Uma Autora 202 Canções, Périplus (Deambulações Luso-Gregas), Amélia com Versos de Amália, Archipelagos (Passagens) está bem patente neste Amélias.


A Exposição, com curadoria de Cristina Serejo e Olinda Martins está organizada em 16 quadros

Para lá das ilustrações feitas para cada um dos temas (apenas parte delas) e de algumas experiências para a escolha da capa, inclui também alguns auto-retratos com base em fotografia e por último, as soluções gráficas encontradas especificamente para a primeira e segunda edição do CD.

Fonte

 

Dia Mundial do Piano

29.03.23

 

O Dia Mundial do Piano é um evento mundial anual, fundado por um grupo de pessoas afins, e celebrado no 88º dia do ano - em 2023 é a 29 de Março - devido ao número de teclas do instrumento.

 

Para comemorar este dia, e dando seguimento à primeira edição de 2022, a edição de um álbum oficial. "Piano Day Compilation Vol. 2" contém treze faixas exclusivas e inéditas, compostas para celebrar a magia e a versatilidade do instrumento, e inclui novos trabalhos de artistas aclamados, incluindo Yann Tiersen, Kaitlyn Aurelia Smith, James Heather, Otto A. Totland e Liam Mour.

 

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