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Arte Notes.

Anotações artísticas, Ambiente & Direitos Humanos por Ana Branco.

Arte Notes.

Anotações artísticas, Ambiente & Direitos Humanos por Ana Branco.

Desarrumo a Desordem Aparente

31.05.23

 

Ana

 

Recuso os postulados do desempenho e as suas urgências. Ser tudo, ter tudo, poder tudo é frustrante. Cansa-me a cobrança. Esgota-me a tirania da positividade. Necessito de espaço para o tédio e a contemplação.

Cultivo a improdução.

Vago no tempo experimentado, no tempo que me foi ofertado, no tempo que tenho, no tempo que me importa e em que me demoro. Um tempo puro de vida vivida, objectivamente enfocado, como um aroma percebido, intenso e ressonante.

Experimento o conhecimento da passagem atribulada da existência, vulnerável, sossegada. Dou à vida o seu sentido mais próprio. Experimento o profundo desassossego e a dolorosa estagnação. Conheço a calma de nada esperar. Gozo a gratuidade do momento.

 

Vida colorida

30.05.23

 

Ana

 

- Quantos anos fazes?

Silêncio. Preciso de os contar. Não é uma questão de memória. É uma questão de memória. Todas as minhas vivências, experiências e aprendizagens estão guardadas na memória. Cores, às quais recorro sem pensar. No silêncio. No ruído. Nos sonhos, por sonhar.

Cores. Não números.

O número de anos vivido é importante para o Estado, em direitos e deveres, me dar ou retirar. O número de anos vivido é importante para as pessoas que me rodeiam me poderem rotular. Aparentemente, o número de anos vivido determina a roupa que visto, a música que escuto, os lugares que visito, as pessoas com quem me relaciono e o dever de me comportar. Aparentemente, os anos acarretam listas. Listas intermináveis.

Gosto das cores que carrego. Mais luminosas. Mais sombrias. Mais misturadas. Mais separadas. Tanto faz.

- Não faço anos. Os anos não se fazem. Vivem-se. Preenchem-se de cores. Tenho comigo todas as cores. Não são para trocar por números. São para guardar.

 

APOM distingue XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira

30.05.23

 

 

A Fundação Bienal de Arte de Cerveira recebeu uma menção honrosa da Associação Portuguesa de Museologia (APOM) na categoria Projeto Internacional com a “XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira” (2022).

 

A cerimónia decorreu na passada sexta-feira, 26 de Maio, no Museu do Ar, em Sintra, e contou com a presença de cerca 200 profissionais da área do Património, em representação de dezenas de instituições.

Nas palavras do presidente da Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC), Rui Teixeira: “Esta distinção vem reconhecer e celebrar o trabalho desenvolvido ao longo destes 44 anos e premeia uma nova estratégia orgânica e programática, centrada na internacionalização, na educação e numa maior aproximação aos públicos”. Para Rui Teixeira, este prémio sublinha o crescimento e consolidação da Bienal Internacional de Arte de Cerveira e “é dedicado aos sócios fundadores da FBAC, à direção e direção artística, à equipa, aos artistas, aos patrocinadores e parceiros e a todos os que tornam possível dar continuidade à nossa utopia”.

A edição de 2022 ficou ainda marcada por ter, pela primeira vez, uma mulher a assumir direção artística. No seu discurso a diretora artística da XXII BIAC, Helena Mendes Pereira, relembrou a importância de haver uma maior representatividade e diversidade nas equipas e nos projetos das instituições culturais, em sintonia com o mundo de hoje. “Este prémio é muito simbólico, pois premeia a FBAC por ter tido a coragem de ser diversa”, referiu.

De referir que a edição deste ano contou com cerca de 150 candidaturas, provenientes de todo o território nacional. Para o Museu Bienal de Cerveira, este é já o quarto ano de reconhecimento da APOM. Em 2019 foi distinguido com o prémio “Melhor Museu Português”, em 2020 foi reconhecido nas categorias “Comunicação Online” e “Projeto de Educação e Mediação Cultural” e em 2021 os prémios foram nas áreas “Aplicação e Gestão Multimédia” e “Fotografia do Património”.

 

Haja...

29.05.23

Desenho

 

Na fila para entrar,
pediu-lhe o tempo
que assumisse o seu lugar.

Esperou no silêncio da espera,
à espera de acreditar.
Acreditar que o pensamento
não exaspera,
no tempo de esperar.

No silêncio desassossegado
da espera,
esperou o tempo de entrar.
Entrou,
no tempo que esperou.

 

Paulo Praça lança tema com Sónia Tavares

29.05.23

 

Paulo Praca

 

O cantautor e multi-instrumentista Paulo Praça regressa com um novo single, “Baloiço”, que conta com a participação de Sónia Tavares dos The Gift.

A letra de Baloiço é assinada em parceria por Paulo Praça e Gisela João, sendo a música e produção de Paulo Praça e Eurico Amorim. O tema foi misturado por João Bessa e masterizado por Mário Barreiros.

Filmado numa praia de Vila do Conde, terra natal de Paulo Praça, o videoclipe foi realizado por João Rei Lima, com coreografia de Ju Vasques e a participação de Maria Tomé Vasques. O videoclipe foi produzido pela produtora audiovisual Jworks.pt.

 

 

“Um baloiço levou-me à calma/ Um baloiço embala-me a alma/ Que tanto me apaixona em sonhos/ É o baloiço da vida que leva e traz”, diz a canção, que ao apresentar a vida como um baloiço, pretende ser, segundo o cantor, “um elogio à vida”.

O tema faz parte de um novo projeto do músico que será lançado este ano e vai surpreender o público.

 

"O Homem Em Eclipse" é o primeiro single do novo álbum de Os Poetas

27.05.23

 

«O Homem Em Eclipse»

 

Os Poetas estão de volta com um novo trabalho que assinala o centenário do nascimento de Mário Cesariny. A Gabriel Gomes (acordeão) e Rodrigo Leão (sintetizadores) junta-se o ator Miguel Borges que dá voz a alguns poemas.

 

O Homem em Eclipse dá título ao álbum cuja edição está marcada para 4 de Agosto e também ao primeiro single que já está disponível.

 

 

«É natural que a voz de Mário Cesariny nos toque de forma intensa. O poeta ressoava como ninguém, dando às palavras a sua voz funda, plena de humanidade, de desencanto, quando tinha de ser, e de estranheza também, ele que escrevia como pintava, sempre em busca do mistério que nem nas entrelinhas se desvendava.»

Os Poetas - Rodrigo Leão e Gabriel Gomes, que aqui contam ainda com a voz de Miguel Borges e com o fantasma de Cesariny que vive eterno nas gravações - reencontram neste projecto essa poesia sempre nova do homem surreal que escreveu como pintou e que pintou como escreveu.

Neste centenário do nascimento do poeta pintor, Gabriel Gomes no acordeão e Rodrigo Leão nos sintetizadores pintam também eles novos quadros sonoros para as palavras de Mário Cesariny, numa vénia que é agitação, que é demanda de novos sentidos porque a língua continua a desenrolar-se, a moldar-nos. O Homem em Eclipse é portanto uma celebração, com a matéria poética de Cesariny no centro, e a música e a voz de Miguel Borges a tomarem essa matéria como ponto de partida para uma fascinante viagem. Uma viagem para que os ouvintes são também convocados e onde todos podemos tentar encontrar-nos. Talvez nos intervalos daqueles sentidos que permanecem.

Fonte

 

Museu do Tesouro Real celebra 1º aniversário

25.05.23

 

Museu do Tesouro Real cria uma programação especial para celebrar o primeiro ano de aniversário assinalado a 1 de Junho, que inclui encenações históricas do “beija-mão” ao rei, momentos musicais dentro do cofre e compassos de dança da corte portuguesa.

 

“Foi um ano de muito trabalho e dedicação, com mais de 85 mil visitantes neste primeiro ano, que queremos celebrar com todos com a criação do programa “O Real Mês de Junho”. A ideia é dinamizar a visita ao espólio único dos bens da antiga Casa Real portuguesa, com teatralizações, música e danças que proporcionam uma viagem memorável pelo museu”, destaca Nuno Vale, diretor executivo do Museu do Tesouro Real.

Para o 1 de Junho está preparada a “Sparkle”: uma visita ao museu com atividades comemorativas do Dia Mundial da Criança que inclui aulas dramáticas e performativas, em língua inglesa, para um grupo de crianças, dos 7 aos 10 anos.

No primeiro sábado do mês, dia 3, “Há Beija-Mão no Tesouro Real” durante toda a manhã, com uma encenação histórica que leva todos os visitantes até ao século XVIII e à corte de D. José I, com a representação do beija-mão ao Rei.

A 10 de Junho, há “Música no Cofre”, um momento musical único que convida todos os visitantes a assistir, dentro de uma das maiores caixas fortes do mundo, ao espetáculo de uma harpista e duas cantoras que interpretam árias de Ópera, Canzonettas italianas e Modinhas.

No penúltimo sábado de Junho, dia 17, a manhã é dedicada à dança. O espetáculo “Um Compasso de Dança” prepara a encenação da corte portuguesa com a apresentação de diferentes coreografias da época e convida todos os visitantes a marcar o ritmo.

Para dia 24 de Junho, está reservado o lançamento oficial do Catálogo do Museu do Tesouro Real. Esta apresentação decorre na loja do Museu, às 11h30, e todos os participantes têm a oportunidade única de adquirir um exemplar com 15% de desconto.

Localizado na ala poente do Palácio Nacional da Ajuda, o Museu Tesouro expõe uma das mais raras e completas coleções de joias reais, compostas por insígnias e condecorações, moedas e peças de ourivesaria civil e religiosa, entre outras, expostas dentro de um dos maiores cofres fortes do mundo, com o desígnio de projetar Lisboa como um destino cada vez mais atrativo para residentes e visitantes de todas as partes do mundo.

No primeiro ano, o Museu do Tesouro Real estima mais de 85 mil visitantes, cerca de 20% dos quais estrangeiros de 45 nacionalidades diferentes. No total, foram contabilizados mais de 360 grupos e mais de 20 mil vendas na loja do Museu.


Programa

Quinta-feira, dia 1 de Junho - Sparkle

Sessão das 17h00 às 18h30 (em inglês)

Preço do bilhete: 25€ p/ criança

Idades: 7-10 anos

Lotação: 15pax a 25pax

 

Sábado, dia 3 de Junho - “Há Beija-Mão no Tesouro Real”

Sessão das 10h30 às 13h00

Preço: Bilhete Normal (7€ dos 7-24 anos e + 65 | 10€ adultos)

Aberto a todos os visitantes e idades

 

Sábado, dia 10 de Junho - “Música no Cofre”

Sessão das 11h00 às 13h00

Preço: Bilhete Normal (7€ dos 7-24 anos e + 65 | 10€ adultos)

Aberto a todos os visitantes e idades

 

Sábado, dia 17 de Junho - “Um Compasso de Dança”

Sessão das 10h30 às 12h30

Preço: Bilhete Normal (7€ dos 7-24 anos e + 65 | 10€ adultos)

Aberto a todos os visitantes e idades

 

"Construir sobre as nossas raízes!"

24.05.23

Parque Natural do Vale do Guadiana

 

O Parque Natural do Vale do Guadiana, com cerca de 69.666 ha, situa-se no vale médio daquele que é o "Grande Rio do Sul" de Portugal, assentando numa planície ondulada em que se escondem os vales encaixados do rio e seus afluentes que, não raro, se reduzem a pegos na época estival. A área protegida margina o Guadiana desde a zona do Pulo do Lobo até à foz da ribeira de Vascão. O ponto mais elevado do parque natural (370 m) situa-se nas elevações quartzíticas das serras de Alcaria e São Barão.

Proclamado em 1999 pela Federação da Natureza e Parques Nacionais da Europa (EUROPARC), o Dia Europeu dos Parques Naturais tem lugar por volta do dia 24 de Maio de cada ano, em virtude da criação dos primeiros Parques Nacionais da Europa, na Suécia, em 1909.

Um dia para celebra as Áreas Protegidas em toda a Europa e chamar a atenção para o bem-estar que o contato com a natureza propicia ao ser humano. Parques e zonas verdes são locais que devolvem o indivíduo à sua condição mais pura e autêntica. No ano em que a Federação EUROPARC completa o seu 50.º aniversário, o tema escolhido é «Construir sobre as nossas raízes!», com o objetivo de garantir que o património natural possa crescer e desenvolver-se para as gerações futuras o poderem desfrutar.

 

Projetos vencedores dos Laboratórios de Verão 2023 promovidos pelo CIAJG e pelo gnration

24.05.23

 

Vencedores dos Laboratórios de Verão 2023

imagem

Com o objetivo de potenciar a criação artística no território do distrito de Braga, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), em Guimarães, e o gnration, em Braga, juntaram-se para a nona edição do programa de apoio à criação artística Laboratórios de Verão. Criada em 2015 pelo gnration, esta iniciativa destina-se a artistas ou coletivos residentes ou naturais do distrito de Braga, que se proponham a desenvolver conteúdos artísticos nos domínios da imagem, som, performance, interatividade, música, dança ou no cruzamento entre as áreas anteriormente descritas. O programa procura potenciar o desenvolvimento de novos trabalhos artísticos. Os projetos serão desenvolvidos em formato de residência artística nas duas estruturas, sendo posteriormente apresentados publicamente, em formato performativo ou de instalação/exposição, integrando os programas de cada um dos espaços.

Nos candidatos selecionados figuram trabalhos em domínios artísticos que vão das artes visuais à media art, de perfil performativo e expositivo. “A mais inábil candura”, uma instalação vídeo de Bárbara Fonte que apresenta uma sucessão de ações performativas filmadas em estúdio; a instalação interativa, que alia um jogo de computador, “HIC SVNT SERPENS”, criada por Lucas Carneiro e Manuel Costa; “Pintura Imaterial”, de Cláudia Cibrão, uma instalação visual que trata os conceitos de sombra própria e projetada; e “Improvisação em duas vias”, uma performance instalação de peças acusmáticas pelo duo experimental Guache, formam os quatros projetos selecionados nos Laboratórios de Verão 2023.

A edição deste ano contou com cerca de meia centena de candidaturas para as quatro vagas existentes, tendo o processo de seleção ficado a cargo de Marta Mestre (Diretora Artística do CIAJG – Centro Internacional das Artes José de Guimarães), Luís Fernandes (Diretor Artístico do gnration) e Paulo Mendes (artista e curador do projeto Editoria).

A diretora artística do CIAJG, Marta Mestre, reforça a importância do programa Laboratórios de Verão “para o desenvolvimento do tecido artístico não só de Braga e Guimarães, onde estas duas estruturas se sediam, mas para todo o distrito”. Já para o diretor artístico do gnration, Luís Fernandes, a edição deste ano destaca-se pela “elevada solidez e diversidade dos projetos a concurso, que reflete o crescente nível qualitativo da criação no território”. Como novidade na edição deste ano é a possibilidade de um dos projetos selecionados poder ainda apresentar-se no Editoria, um recente espaço cultural multidisciplinar portuense. Para Paulo Mendes, jurado do programa e artista e curador do projeto Editoria, refere que “poder albergar um destes projetos é importante para que ganhem visibilidade fora do seu território de ação / criação”.

Cada projeto selecionado receberá um local de trabalho durante um período de 2 semanas, apoio monetário no valor de 2000 euros, apoio técnico e de produção.

Ao longo das suas oito edições, o programa Laboratórios de Verão – ação promovida pelo CIAJG e pelo gnration – apoiou já mais de três dezenas de projetos e meia centena de artistas. O acompanhamento da informação alusiva a este programa pode ser feito online em www.ciajg.pt e www.gnration.pt, bem como através das respetivas redes sociais.

 

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