Os números falam por si
Em média, as mulheres recebem cerca de 20% menos que os homens. Para as mulheres negras, mulheres imigrantes e mulheres com filhos, a diferença é ainda maior.
No Dia Internacional da Igualdade Salarial, hoje assinalado, destaque para o facto de estarmos a meio caminho do ponto final da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o mundo não está a conseguir alcançar a igualdade de género, tornando-a um objectivo cada vez mais distante. Se as tendências actuais se mantiverem, mais de 340 milhões de mulheres e raparigas ainda irão viver na pobreza extrema até 2030, e perto de uma em cada quatro sofrerá de insegurança alimentar moderada ou grave. A crescente vulnerabilidade provocada pelas alterações climáticas induzidas pelo homem irá provavelmente piorar esta perspectiva, e mais 236 milhões de mulheres e raparigas sofrerão de insegurança alimentar no pior cenário climático.
A disparidade de género nas posições de poder e de liderança permanece enraizada e, ao ritmo actual de progresso, a próxima geração de mulheres ainda gastará, em média, mais 2,3 horas por dia em cuidados não remunerados e trabalho doméstico do que os homens. Nenhum país está ao alcance da erradicação da violência entre parceiros íntimos, e a percentagem de mulheres em cargos de gestão no local de trabalho permanecerá abaixo da paridade, mesmo em 2050. Foram feitos progressos razoáveis na educação das raparigas, mas as taxas de conclusão permanecem abaixo da marca universal.